Porque uma empresa com 586 mil euros de lucro pensa que ganha este valor apenas com a administração da empresa. Os trabalhadores que estão nas operações a gerar o lucro merecem, na esmagadora maioria, apenas o salário mínimo nacional, 1€ de aumento salarial em 2016 para uma boa parte dos trabalhadores, ou a empresa vir numa negociação a voltar atrás em 0,50€ de aumento do subsídio de alimentação em troca de 1,41% de aumento no salário, o que representa um valor mensal inferior.
Querem enganar os trabalhadores com 'trocamos daqui, pomos ali porque não devem perceber nada de aritmética'.
Nós geramos os milhões, não aceitamos tostões. É insuficiente. E insistem em adiar o futuro a muitos trabalhadores, querendo negociar apenas as condições salariais dos trabalhadores dos Callcenters Edp, deixando outros trabalhadores de outras operações como a NOS, Vodafone, Nestlé, etc. de fora, adiando a discussão para o futuro.
O Siesi apresentou um caderno reivindicativo para os trabalhadores Randstad II Prestação de serviços Lda. e não para projectos ou operações em particular, porque muitos trabalhadores continuam no salário mínimo nacional há praticamente duas décadas na Randstad.
Fazemos greve porque a nossa dignidade vale mais e prestamos serviços para empresas que ganham milhões com a nossa escravidão secular. A Randstad não produz, explora e não redistribui o lucro por quem lhes enche os cofres."