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20190913EncontroNacional

A luta organizada dos trabalhadores é a única forma capaz de contribuir para uma verdadeira política de esquerda, que coloque como prioridade a valorização do trabalho e dos trabalhadores, salienta-se na resolução aprovada no encontro nacional que a Fiequimetal realizou no dia 13.

O encontro nacional sobre acção sindical integrada teve lugar na Marinha Grande, na delegação do SITE CSRA, com a participação de cerca de 70 dirigentes da federação e dos sindicatos filiados.

Na Resolução «Avançar na luta, valorizar salários, defender e conquistar direitos», começa-se por afirmar a necessidade de «promover e dinamizar a acção reivindicativa» em 2020, indicando como objectivos:

 

◦ Aumento real e geral dos salários;

◦ Valorização dos direitos dos trabalhadores;

◦ Defesa dos direitos que emanam da contratação colectiva e dos usos laborais;

◦ Combate nos locais de trabalho à aplicação do «acordo dos patrões»;

◦ Luta pelas 35 horas semanais, combate ao agravamento dos horários;

◦ Defesa do emprego estável e com direitos, combate à precariedade.

A acção reivindicativa nos locais de trabalho é considerda «o eixo central da acção sindical a desenvolver, promovendo a apresentação de cadernos reivindicativos no máximo de empresas, em articulação com a negociação da contratação colectiva».

Na resolução são explanadas as orientações para este trabalho, em oito áreas de intervenção sindical, destacando desde logo o aumento dos salários. A Fiequimetal, tendo como referência as posições da CGTP-IN, defende um aumento salarial mínimo de 90 euros por mês para cada trabalhador e apela à luta para fixar, a curto prazo, nas empresas do sector um salário de entrada num valor nunca inferior a 850 euros (sem prejuízo de valores mais elevados já praticados nalgumas empresas).

A acção reivindicativa é reafirmada como «um factor determinante para o reforço da organização sindical nas empresas e, consequentemente, de todas as estruturas sindicais», tal como «o reforço da organização sindical é determinante para a melhoria da eficácia da acção reivindicativa».

Admitindo que «o quadro político no futuro imediato será influenciado pelos resultados das próximas eleições para a Assembleia da República», na resolução apela-se para que seja seja feito «o necessário esclarecimento, junto dos trabalhadores, para que estes entendam que a sua luta é decisiva e não embarquem nas teses do mal menor, de que mais vale pouco que nada».

Contra a ideia de que «lutar pela reposição de direitos e rendimentos pode colocar em risco os ditos compromissos internacionais e, simultaneamente, concorrer para o regresso de PSD/CDS ao governo ou para um governo maioritário do PS», afirma-se que «a luta organizada dos trabalhadores é a única forma capaz de contribuir para uma verdadeira política de esquerda, que coloque como prioridade a valorização do trabalho e dos trabalhadores».

FONTE: FIEQUIMETAL