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Comunicado Pegop e EDP 29

Encerramento sofre alterações de posição...

Solicitada reunião urgente ao Governo!

Subsiste um quadro inaceitável em sequência de uma discussão séria, mas que não pode servir para justificar que se ignore e atropelem os direitos de cerca de seis centenas de trabalhadores e suas famílias.

À margem da discussão para as eleições e algumas questões que são unânimes, há posições que refletem um profundo desconhecimentos da realidade e, mais grave, que ignoram a existência de “vítimas da cura”!

É que à convergência de datas precisas de algumas forças políticas (duas, em particular), junta-se agora o Governo, curiosamente e ao contrário do que assumiu no seu programa eleitoral: até 2023 (Pego) e entre 2025 a 2030 (Sines). Esta reviravolta reveste-se por isso de contornos estranhos, assumindo as “dores” dos cumpridores exemplares que batalham por 2021 e 2023, respetivamente. Falamos de duas Centrais a carvão e há países como, por exemplo, a Alemanha que tem cerca de 70. Pois!

 

E, nesta questão, não cabe a demagogia habitual de tentar confundir realidades e a imprescindibilidade de as resolver com uma posição contra o ambiente e a importância da descarbonização.

Nós sabemos, e conhecemos, que aquelas instalações têm cerca de seis centenas de trabalhadores, com três realidades. Sines com EDP e Pego com a Pegop e, ambas, com prestadores de serviços (precários).

Muitos, longe da idade da reforma, conheceriam o desemprego e é indiscutível que os Concelhos em causa, correspondentes aos locais de residência ou na sua proximidade, não oferecem, nem tal se vislumbra, alternativas de futuro.

Mais, a vida das populações não deixaria também de ser profundamente afetada face a um importante contributo para a comunidade envolvente daquelas Centrais.

Por outro lado, a biomassa para o Pego é um conto onde foram suprimidos muitos capítulos e os 20.000 empregos das renováveis...isso nem vale a pena comentar.

Já agora, a Central de Sines fica em S. Torpes, concelho de Sines, e o Pego, na localidade com o mesmo nome, concelho de Abrantes. Se ajudar, pelo menos, a existir alguém que nunca as tenha visto a saber onde ficam, já contribuímos para evitar as tontarias que por aí campeiam. Para a ausência de coerência, aconselhamos que se leia o que se escreve.

O SIESI já solicitou uma reunião urgente à EDP sobre o caso de Sines e mantém também contactos com a Pegop. Primeiro-ministro e Ministro de Ambiente também já têm pedidos de audiência, bem como o Sr. Presidente da República.

Logo que existam resultados, daremos conhecimento e, se necessário, proporemos as medidas que se mostrarem como ajustadas.

Ler comunicado aos trabalhadores da Pegop e da EDP