Encerramento sofre alterações de posição...
Solicitada reunião urgente ao Governo!
Subsiste um quadro inaceitável em sequência de uma discussão séria, mas que não pode servir para justificar que se ignore e atropelem os direitos de cerca de seis centenas de trabalhadores e suas famílias.
À margem da discussão para as eleições e algumas questões que são unânimes, há posições que refletem um profundo desconhecimentos da realidade e, mais grave, que ignoram a existência de “vítimas da cura”!
É que à convergência de datas precisas de algumas forças políticas (duas, em particular), junta-se agora o Governo, curiosamente e ao contrário do que assumiu no seu programa eleitoral: até 2023 (Pego) e entre 2025 a 2030 (Sines). Esta reviravolta reveste-se por isso de contornos estranhos, assumindo as “dores” dos cumpridores exemplares que batalham por 2021 e 2023, respetivamente. Falamos de duas Centrais a carvão e há países como, por exemplo, a Alemanha que tem cerca de 70. Pois!
E, nesta questão, não cabe a demagogia habitual de tentar confundir realidades e a imprescindibilidade de as resolver com uma posição contra o ambiente e a importância da descarbonização.
Nós sabemos, e conhecemos, que aquelas instalações têm cerca de seis centenas de trabalhadores, com três realidades. Sines com EDP e Pego com a Pegop e, ambas, com prestadores de serviços (precários).
Muitos, longe da idade da reforma, conheceriam o desemprego e é indiscutível que os Concelhos em causa, correspondentes aos locais de residência ou na sua proximidade, não oferecem, nem tal se vislumbra, alternativas de futuro.
Mais, a vida das populações não deixaria também de ser profundamente afetada face a um importante contributo para a comunidade envolvente daquelas Centrais.
Por outro lado, a biomassa para o Pego é um conto onde foram suprimidos muitos capítulos e os 20.000 empregos das renováveis...isso nem vale a pena comentar.
Já agora, a Central de Sines fica em S. Torpes, concelho de Sines, e o Pego, na localidade com o mesmo nome, concelho de Abrantes. Se ajudar, pelo menos, a existir alguém que nunca as tenha visto a saber onde ficam, já contribuímos para evitar as tontarias que por aí campeiam. Para a ausência de coerência, aconselhamos que se leia o que se escreve.
O SIESI já solicitou uma reunião urgente à EDP sobre o caso de Sines e mantém também contactos com a Pegop. Primeiro-ministro e Ministro de Ambiente também já têm pedidos de audiência, bem como o Sr. Presidente da República.
Logo que existam resultados, daremos conhecimento e, se necessário, proporemos as medidas que se mostrarem como ajustadas.