Acção Sindical
Perante a falta de respeito pelas reivindicações dos trabalhadores da Randstad II - Prestação de Serviços para a melhoria de condições salariais e laborais, os trabalhadores decidiram fazer greve nos dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro, 7 e 8 de Dezembro, 25 e 26 de Dezembro e 1 e 2 de Janeiro.
Os motivos da greve são:
- A negociação efetiva das reivindicações salariais, subsídio de refeição, carreiras, discriminações e outras apresentadas através de caderno reivindicativo apresentado à empresa e que a empresa tenha abertura para discussão das matérias apresentadas;
- Pelo fim da instabilidade e da tentativa de extinção/deslocalização de postos de trabalho, ações que se inscrevem numa estratégia de recurso a empresas de prestação de serviços, com o único objetivo de, através da precarização dos postos e condições de trabalho dos trabalhadores que prestam um serviço imprescindível à atividade e obrigações das empresas que a elas recorrem (EDP, VODAFONE, PT/MEO, NOS, NESTLÉ, L´OREAL, etc.), aumentarem os seus lucros em milhões.
- Pela reposição do pagamento em regime de trabalho suplementar para os trabalhadores que sofreram corte do pagamento da prestação em dias de feriado.
- Pelo cumprimento da lei nas matérias laborais.
- Pelo fim da coação e do assédio aos trabalhadores antes e depois da realização das greves nos locais de trabalho.
A CGTP-IN exige do Governo que retome rapidamente as negociações, no sentido de concluir a prometida revisão do regime das reformas antecipadas abrangendo todas as actuais situações de antecipação.
Os trabalhadores da Randstad II Prestação de Serviços Lda. votaram, em plenários realizados, entre 20 a 23 de novembro, nos Edifícios Xerox, América, Quinta do Lambert e Explorer, praticamente por unanimidade dos presentes, realizar greve nos dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro (entre as 00:00 horas 30 Nov e as 01:00 do dia 02 Dez, para quem é escalado a trabalhar no feriado por forma a abranger todos os turnos), em reivindicação à exigência pelo respeito aos trabalhadores da empresa. Pela negociação e diálogo com a empresa sobre as matérias dos Cadernos Reivindicativos apresentados anualmente, pelo fim da instabilidade, pela reposição das normas gravosas praticadas, pelo cumprimento da lei na empresa e nos locais de trabalho (por exemplo a matéria das férias. Mapa de férias afixado e férias confirmadas a 15 de Abril de cada ano e não mensalmente à lei do “capataz”), pelo respeito e urbanidade. Exigimos respeito pelo direito à greve, que não haja coação e assédio antes ou depois da realização da greve. O aliciar de trabalhadores com prémios para não realizarem e participarem na greve ou o premiar de quem não faz greve constituem ilegalidades. Os responsáveis pela empresa devem ter e dar formação às chefias e hierarquias sobre esta matéria de direito para que não haja incumprimento e infração da lei.
Houve trabalhadores da operação NOS que aderiram à greve entre 1 e 4 de Novembro, tendo realizado a sua primeira greve em toda a sua vida laboral, participando pela primeira vez nas ações desenvolvidas pelo SIESI, reconhecendo o trabalho desenvolvido e a necessidade crescente de união e ação dos trabalhadores nos locais de trabalho. Sabem que a evolução e melhoria faz-se pela mudança interior, pela mudança de consciência. Merecemos mais e é preciso lutar mais, com firmeza e união.
BASTA DE EXPLORAÇÂO! NÃO ACEITAMOS MAIS “PORCARIEDADE”!
Nos últimos dias muito se tem falado na actualização do Salário Mínimo Nacional (SMN). Uma realidade que marca a vida de 23% dos trabalhadores cujo rendimento líquido não chega aos 496€ mensais. Um salário próximo do valor do limiar da pobreza (439€) e longe do rendimento adequado (783€) que uma pessoa em idade activa deveria receber mensalmente (1).
A União dos Sindicatos de Lisboa apelou à solidariedade activa dos trabalhadores do distrito com a luta dos trabalhadores da CelCat:
Como em muitas outras ocasiões, em que se prevê que o patronato recorrerá a todos os meios para condicionar, ou mesmo impedir, que a luta dos trabalhadores cumpra os seus objectivos, a União dos Sindicatos de Lisboa lança um urgente apelo para que as estruturas do MSU possam mobilizar o máximo de dirigentes e activistas para estarem presentes no plenário geral de trabalhadores no dia 23 de Novembro das 14 horas ás 18 horas à porta da Celcat, com o espírito solidário e fraterno que caracteriza o Movimento Sindical Unitário.
A Avenida da Liberdade encheu-se e foi pequena para a grande manifestação da CGTP-IN pela valorização do trabalho e dos trabalhadores realizada no sábado passado, em Lisboa. No final os manifestantes aprovaram a seguinte Resolução:
Resolução
Continuar a lutar pela valorização do trabalho e dos trabalhadores
A CGTP-IN valoriza todos os avanços obtidos em vários domínios, com medidas de recuperação de rendimentos e direitos, os novos passos positivos que são dados no Orçamento de Estado (OE) para 2018 e a consolidação das medidas em favor dos trabalhadores adoptadas no últimos 2 anos. Avanços só possíveis na nova fase da vida política nacional, com a alteração da correlação de forças na Assembleia da República e em resultado da luta que os trabalhadores têm desenvolvido.