Ano de 1939 - 35 ANOS SOB O REGIME FASCISTA
Após o encerramento e dissolução dos Sindicatos livres, (construídos pelos portugueses durante a monarquia e a I República), o regime fascista obriga os trabalhadores a agruparem-se em sindicatos corporativos, profissionais, para mais facilmente os dominar, dividir e explorar.
É dentro dessa política que surge em 5 de Julho de 1939 o Sindicato Nacional dos trabalhadores Electricistas, e que em 30 de Janeiro de 1940 o Governo determina que todos os electricistas se devem inscrever no referido sindicato. E em 19 de Outubro do mesmo ano os electricistas inscritos nos Sindicatos Nacionais Ferroviários têm de abandonar esses sindicatos e passar para o Sindicato Nacional dos Electricistas E o mesmo se passa com os electricistas dos outros ramos de actividade.
Tal política leva a que em 1941 o Sindicato tenha já 6.500 sócios, entre os quais uma mulher.
Ano de 1940 - 35 ANOS SOB O REGIME FASCISTA
Aprovado em 29 de Abril o Regulamento da Secção Regional do Porto, é extinto o Sindicato Nacional das Centrais Eléctricas. Em 10 de Agosto de 1955 a Secção transforma-se no Sindicato Nacional dos Electricistas do Distrito do Porto.
Ano de 1941 - 35 ANOS SOB O REGIME FASCISTA
Em 30 de Janeiro é inaugurada a sede definitiva do Sindicato, na Rua de Santa Justa, em Lisboa.
Aprovado em 23 de Junho o Regulamento da Secção Regional do Centro, a qual se transforma em 6 de Dezembro de 1955, no Sindicato Nacional dos Electricistas do Distrito de Coimbra. O Sindicato passa então a chamar-se Sindicato Nacional dos Electricistas do Distrito de Lisboa.
Ano de 1942 - 35 ANOS SOB O REGIME FASCISTA
Em Fevereiro entra em vigor o C.C.T. para os Electricistas das Moagens e em Janeiro do ano seguinte o A.C.T. da CRGE, Companhia de Águas e Empresas de Electricidade.
Em 21 de Novembro tomam posse os Presidentes das Secções Regionais do Norte (Porto) e Centro (Coimbra).
Em 28 de Fevereiro realizam-se as primeiras eleições, mas os electricistas eleitos só tomam posse do lugar em 4 de Dezembro, e o governo fascista recusa sancionar a eleição de três electricistas.Esta recusa e a demora na tomada de posse estão directamente relacionados com as primeiras grandes greves travadas pelos trabalhadores portugueses contra o fascismo, após o 18 de Janeiro de 1934, nas quais participam cerca de 20.000 trabalhadores da região de Lisboa.
Ano de 1943 - 35 ANOS SOB O REGIME FASCISTA
A exemplo do que se passa em vários sindicatos, cujos trabalhadores participaram nas greves de 1942, em 10 de Maio de 1943 são destituídos os Corpos Gerentes eleitos e nomeada pelo governo fascista uma comissão administrativa para gerir os destinos do Sindicato.
Ano de 1945 - 35 ANOS SOB O REGIME FASCISTA
Na sequência das grandes greves de 42, 43, e 44 e das manifestações levadas a cabo após o final da II Guerra Mundial, realizam-se eleições na maioria dos sindicatos, o que permite que os trabalhadores se apoderem de cerca de 50 sindicatos. Com a presença de 215 sócios, efectua-se em 15 de Fevereiro a Assembleia do Sindicato dos Electricistas que destitui a comissão administrativa e elege novos Corpos Gerentes.
Ano de 1969 - 35 ANOS SOB O REGIME FASCISTA
Em 14 de Abril são eleitos os novos Corpos Gerentes, cuja direcção vai imprimir uma nova dinâmica à actividade sindical, consentânea com a orientação que os sindicatos unitários vinham já praticando.
Ano de 1970 - 35 ANOS SOB O REGIME FASCISTA
Após esforços porfiados foi aprovada em 12 de Outubro a XIII especialidade, permitindo, assim, que milhares de trabalhadores das empresas de material eléctrico se inscrevessem no Sindicato.
Ano de 1972 - 35 ANOS SOB O REGIME FASCISTA
Começo da elaboração da proposta do primeiro C.C.T./FMEE, o qual por imposição das multinacionais, só vem a ser publicado após o 25 de Abril de 1974.
O Sindicato adere à Intersindical e começa a participar nas suas reuniões.
Ano de 1974 - O ANO DA REVOLUÇÃO
Em Abril de 1974 todo o sector dos FMEE está em luta pelo seu Contrato havendo empresas em que os trabalhadores entram em greve.
Após a Revolução dos Cravos o Sindicato participa activamente nas acções levadas a cabo pelos trabalhadores, participando na ocupação do Ministério das Corporações, Caixas de Previdência e na grandiosa jornada do primeiro 1º de Maio em liberdade. Luta também contra os despedimentos e encerramento das empresas: CREATOR, ADS, SIGNETICS, CONTROL DATA, SIEMENS, APPLIED, etc...
Em 6 de Junho realiza-se a primeira Assembleia em liberdade, que aprova os estatutos provisórios, passando o Sindicato a designar-se: Sindicato dos Trabalhadores Electricistas do Sul.
Ano de 1975 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
Em 2 de Junho, de acordo já com a lei sindical, a Assembleia em que participam mais de 2.000 associados aprova os novos Estatutos, passando o Sindicato a: Sindicato dos Electricistas do Sul.
Ano de 1977 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
Em 29 de Outubro realiza-se o I Encontro Nacional dos Trabalhadores do Sector dos Fabricantes de Material Eléctrico e Electrónico, com a presença de centenas de delegados e convidados.
Ano de 1978 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
Em 12 de Março finda o processo para a transformação do velho Sindicato Nacional dos Electricistas, horizontal, profissional e corporativo, num Sindicato novo tipo: vertical, pluriprofissional, de ramo de actividade. Surge assim o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, o SIESI, o qual, desde então, não cessa de crescer e reforçar-se, sendo hoje um dos mais sólidos pilares do Movimento Sindical Unitário.
Ano de 1980 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
É constituída a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas (FSTIE), mercê do esforço do nosso Sindicato e dos Sindicatos do Norte e Centro.
Ano de 1981 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
São alterados os Estatutos do Sindicato, visando a descentralização sindical e administrativa, o reforço do papel da Assembleia de Delegados, dos Delegados Sindicais e das Delegações. É suprimido o velho Conselho Fiscal, cujas atribuições passam para a Assembleia de Delegados.
Ano de 1982 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
De acordo com os novos Estatutos realizam-se em 31/3 e 1/4 as eleições para a Direcção e Mesa da Assembleia Geral, que foram as mais concorridas de sempre na vida do Sindicato. Pela primeira vez são eleitos dirigentes de todas as zonas em que o SIESI tem associados em número significativo.
Ano de 1983 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
As Delegações do SIESI são redimensionadas e reapetrechadas. Novas Delegações são abertas, 12 Delegações começam a funcionar não só administrativa mas também sindicalmente. São eleitos Secretariados Regionais em oito delas. A descentralização sindical começa a ser uma realidade e o SIESI coloca-se cada vez mais próximo dos sócios.
Ano de 1984 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
A descentralização sindical contínua e consolida-se. O apoio jurídico aos associados é aumentado, passando o SIESI a pagar parte das despesas até então cometidas aos associados.
Ano de 1985 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
Em 9 de Março e 11 de Dezembro, realizam-se Encontros Nacionais dos Trabalhadores da EDP e da Electrónica, respectivamente. O nosso Sindicato tem papel preponderante na realização dos mesmos, os quais constituem importantes passos organizativos. Nelas participam centenas de associados. Por outro lado, o apoio aos associados é de novo aumentado – O SIESI passa a custear metade das despesas dos sócios em processos nos Tribunais de Trabalho.
Ano de 1986 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
O SIESI passa a custear integralmente as custas dos processos dos associados nos Tribunais do Trabalho, reforçando o apoio aos sócios com uma medida de grande alcance social.
Em 6 e 7 de Dezembro tem lugar o I Congresso da nossa Federação – Federação dos Sindicatos das Indústrias Eléctricas de Portugal (FSTIEP), que deixa toda a estrutura sindical do Ramo, a nível nacional, mais apetrechada para a defesa dos interesses dos trabalhadores das Indústrias Eléctricas. O nosso Sindicato tem papel importante na realização deste I Congresso.
Ano de 1987 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
Novos estatutos / Nova dinâmica sindical – reajustamento dos órgãos do Sindicato, com a criação de 14 Direcções Regionais e Locais., aproximação aos associados das várias regiões, de molde a servi-los melhor. Criação do Conselho Fiscalizador – procura de uma maior maior eficácia e rigor na relação de actividade administrativa com a actividade sindical. Pequenas correcções, aconselhadas pela prática, no sentido de uma actualização geral oportuna.
Ano de 1989 - 15 ANOS DE LIBERDADE (1974 a 1989)
Comemorações do 50º aniversário.